A polícia realiza uma operação, na manhã desta terça-feira (27), contra uma quadrilha suspeita de furtar, pelo menos, 500 bovinos na Região Metropolitana de Porto Alegre nos últimos sete meses. Segundo as investigações, o grupo abatia os animais nas propriedades, sem nenhum cuidado sanitário e com crueldade. Até as 8h30, onze pessoas haviam sido presas.
Mais de 200 policiais participam da ação, que ocorre em Sapucaia do Sul, Gravataí, Cachoeirinha, Esteio, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. São cumpridos 24 mandados de prisão, incluindo donos de mercados que compraram a carne, além de 33 mandados de busca e apreensão.
Imagens divulgadas por um policial mostram que um animal foi abandonado pela quadrilha após ter sido machucado (veja o vídeo acima). As autoridades encontraram o bovino durante as buscas, em Cachoeirinha.
De acordo com a polícia, a carne era transportada em carros para abatedouros clandestinos e depois era comercializada em pequenos mercados da Região Metropolitana.
Conforme o delegado André de Matos Mendes, a organização criminosa é responsável pelo furto de mais de R$ 1 milhão em gado bovino e maquinário agrícola.
Segundo os inquéritos policiais, o grupo teria agido nos municípios de Sapucaia do Sul, Canoas, Esteio, Santo Antônio da Patrulha, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Gravataí, Montenegro, Maquiné, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Tapes, Camaquã, Sentinela do Sul, Picada Café, Arroio dos Ratos, Encruzilhada do Sul e Campo Bom. São mais de 20 inquéritos instaurados e com autoria identificada.
“A operação leva o nome de Patrulha por ter sido no município de Santo Antônio da Patrulha o abigeato que deu origem à investigação que resultou na descoberta da organização criminosa”, explica Mendes.
Conforme o delegado Cristiano Ritta, o grupo é bem estruturada e com funções bem definidas. “Fazendo um organograma da organização criminosa, conseguimos verificar que, além da cadeia hierárquica dentro do grupo, temos os principais receptadores da carne do gado furtado, os proprietários de mercados e o indivíduo que age como uma espécie de intermediador”, afirma.
Fonte: G1/RS